Coronavírus: O comportamento dos consumidores diante da retomada do turismo

Binamik Tecnologia
5 min readJun 12, 2020

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Os números e indicadores econômicos não estão promissores para o ano de 2020 e, quando o assunto é coronavírus e o turismo, não é nada diferente. A crise financeira global ocasionada pela pandemia vem se estabelecendo e é hora de entender como os consumidores estão se comportando e traçar cenários para o turismo pós-coronavírus.

Primeiros impactos no Turismo

De acordo com a revista Exame, a pandemia pode ter acelerado o processo de mudança no consumo e definido novas tendências. Até o momento, os exemplos mais claros são o aumento das compras de produtos locais, de compras online nos e-commerces, restaurantes delivery e o estabelecimento de relações profissionais de maneira virtual através do home office. Além disso, o consumidor não está se importando em gastar menos e evitar a compra de roupas e cosméticos, por exemplo.

Esta diminuição de compras, de acordo com o Travel Lab, terá também impactos econômicos no Turismo. Quando analisado o orçamento que o consumidor destinaria a viagens no ano de 2020, os números não foram positivos. Apenas 32,65% dos viajantes conseguiram manter o mesmo orçamento de 2019, enquanto para a maioria dos viajantes, o orçamento foi reduzido ou, até mesmo, deixou de existir.

Não é à toa que muitas dúvidas surgem quando o consumidor repensa seus planos e reservas, afinal de contas, 55% dos viajantes foram impactados pela pandemia do novo coronavírus. A procura sobre “o que fazer com viagens”, “se é seguro viajar” ou “se é seguro viajar de avião” é apenas uma das novas atitudes dos viajantes na internet durante a pandemia. Estudando tal comportamento online, o Coronavírus Pulse BR traz alguns insights sobre o Turismo no Brasil.

O setor da indústria Travel é o segundo mais frequentemente associado ao termo “coronavírus” nas buscas, somente atrás de Entretenimento. Além disso, a frequência dessa associação vêm crescendo, indicando uma nova demanda. Explorando essa oportunidade, três cenários sobre o comportamento do consumidor foram identificados e mensurados pelo Travel Lab. Dos 55% de viajantes que foram impactados:

A iniciativa pública e o que é esperado do setor turístico

Esta espera por desdobramentos para a tomada de decisão de uma parcela considerável dos turistas levantou a necessidade de posicionamentos. Sem demora, no dia 7 de abril, o Ministério do Turismo lançou a campanha digital “Não cancele, remarque”. Mesmo após um cancelamento massivo de pacotes de viagens, a iniciativa pública visou minimizar os impactos econômicos do coronavírus sobre o setor. Nela, durante 45 dias, imagens e vídeos circularam as redes e sites alertando os turistas sobre a importância da remarcação e conscientizando sobre as consequências do cancelamento de suas viagens.

Sobre a escolha de cancelar as viagens, o Travel Lab afirma que, no setor turísticos, os prestadores de serviço que mais foram impactados são:

  • companhias aéreas (37,20%);
  • meios de hospedagem (24,91%) e;
  • operadoras e agências de viagens tradicionais (13,65%).

A queda na demanda prevista em 80% pela Panrotas teve reflexos financeiros significativos. Com uma receita 55% menor do que o ano passado, as companhias aéreas perderão cerca de US$ 61 bi ao longo do segundo trimestre. Como forma de auxílio, o Ministério da Infraestrutura anunciou medidas de proteção à aviação civil, flexibilizando alguns direitos e deveres de viajantes e companhias aéreas.

De um lado, as companhias poderão reembolsar os consumidores num prazo estendido de 12 meses. E, do outro lado, os consumidores que solicitaram reembolso não sofrerão penalidades contratuais, desde que aceitem um reembolso em forma crédito para utilização futura.

Além dessas medidas indicando uma normalização do mercado em até um ano, algumas matérias da FGV apontam prazos similares. Caso a interrupção das atividades se estender por três meses, o estudo indicou que a estabilização dos negócios do Turismo brasileiro acontecerá dentro um ano, mas que o Turismo internacional pode levar até dois anos para se reequilibrar e se recuperar financeiramente.

Ainda, tais iniciativas públicas também justificam uma continuidade na demanda por parte dos viajantes. De acordo com o Travel Lab, 36,3% dos viajantes continuam à procura de promoções e oportunidades. O Coronavírus Pulse BR afirma que, dentro das buscas relacionadas ao setor Travel no Brasil, houve desdobramentos como o aumento do interesse por destinos turísticos. A exemplo disso, Ceará, Fortaleza e Barcelona são termos cuja aparição nas buscas teve um aumento de 444%, 236% e 47%, respectivamente.

Porém, as marcas necessitam ter um posicionamento firme neste momento. Enquanto alguns viajantes continuam se interessando, 27,72% consideram inadequado receber promoções e ações comerciais neste período. Também, cerca de 51,03% afirma que deixará de consumir de marcas que não prestarem um tratamento adequado a clientes e colaboradores durante a pandemia.

Atitudes para a recuperação do Turismo

Um aspecto importante a ser incluído na comunicação será sobre a condição sanitária dos atrativos turísticos. O stakeholder precisa se sentir seguro e saber se os locais e estabelecimentos estão ou não tomando as precauções e medidas de saúde necessárias para o combate contra a contaminação por coronavírus.

Também, é necessário prestar atenção nos produtos a serem divulgados e no modo de promoção dos destinos, pois é conveniente que o turismo interno seja prioridade num primeiro momento. Eventos corporativos e de lazer no mercado doméstico são exemplos de produtos que recomenda-se dar preferência. Essas atitudes de reorientação dos recursos e esforços viabilizarão o reequilíbrio econômico.

Para vencer os desafios do turismo pós-pandemia, mais do que nunca espera-se uma atualização constante sobre os atrativos turísticos por parte das agências. Transparência, rapidez, segurança e qualidade nos dados a serem fornecidos no processo comunicativo serão características indispensáveis às empresas do ramo.

Por isso, optar por soluções tecnológicas completas e integradas é a melhor alternativa para se adequar de forma inteligente ao novo turismo. As ferramentas de gestão Binamik Tecnologia facilitam o processo de agenciamento de pontos turísticos e oferecem tecnologias que estão revolucionando o trade do ecoturismo. As soluções como o Binamik Orb, Pay, Xpert e o Ally são softwares para empresas que pretendem retornar a um crescimento sólido e contínuo. Acesse o site para conhecer as nossas soluções tecnológicas para o turismo, conversar com equipe e tirar as suas dúvidas.

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Startup de inovação, tecnologia e marketing que desenvolve soluções para o trade de ecoturismo, localizada em Florianópolis/SC.

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